De origem grega, e com o sugestivo significado "em forma de escudo" (embora médicos também de refiram ao formato borboleta), a tireoide fica na região do pescoço, logo abaixo do pomo de adão, e mede cerca de cinco centímetros de diâmetro. Sua função é controlar o metabolismo, ou seja, ele produz hormônios, denominados T3 e T4, que orientam as células dos nossos órgãos sobre como elas devem trabalhar, incluindo o gasto de energia. Mas a tireoide não possui essa imensa responsabilidade sozinha e atua em parceria com outra glândula, chamada hipófise, localizada no cérebro e responsável pela produção de THS, hormônio que estimula o funcionamento da tireoide para fabricar seus hormônios.
Como dá pra perceber, trata-se de um componente crucial do nosso organismo, o qual, infelizmente, está sujeito a complicações que provocam sintomas muito desagradáveis, que vão desde o ganho de peso, arritmia cardíaca e intestino desregulado, passando por queda de cabelo e pele ressecada, até depressão.
Entre as principais doenças da tireoide estão o hipotireoidismo, quando a glândula passa a produzir quantidades de hormônios insuficientes, ou quando o próprio organismo produz anticorpos contra a própria glândula, a chamada tireoidite de Hashimoto, causando lentidão mental e física e ganho de peso; o hipertireoidismo, que se caracteriza pelo processo inverso, ou seja, produção hormonal exagerada, cujos principais sintomas são o aumento da frequência cardíaca, perda de peso, bócio (aumento anormal do tamanho da região anterior do pescoço) e queda de cabelos, além da presença de nódulos, que dificultam a respiração e a deglutição tornando a voz rouca.
Vale lembrar que a detecção de nódulos malignos (câncer) em geral leva à remoção da glândula e ao tratamento baseado em reposição hormonal que se estende por toda a vida. Para o hipertireoidismo, costuma-se empregar medicamento que antogonize os efeitos dos hormônios produzido. Se essa medida não surtir efeito, pode-se optar, então, por remoção parcial da glândula e emprego do iodo radioativo; já no hipotireoidismo, a reposição do hormônio por meio de comprimidos é a medida mais eficaz. Por fim, vale lembrar que é muito importante ficar atento aos sinais apresentados pelas doenças da tireoide e procurar o endocrinologista o quanto antes, garantindo diagnóstico e tratamento adequado.