Também pode ser feito em pessoas com IMC entre 35 e 40, que tenham diabetes, hipertensão arterial, apnéia do sono, hérnia de disco e outras doenças que estão associadas à obesidade.
Todas as técnicas existentes hoje em dia ajudam o paciente a perder cerca de 50% de todo peso que precisa.
O restante vai depender da força de vontade para manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e entender que só a cirurgia não vai fazer milagre!
Hoje são três as técnicas mais usadas no Brasil:
1) Derivação gástrica: Na versão hoje mais comum da derivação gástrica, chamada de cirurgia de Fobi-Capella ou bypass gástrico, realizada em cerca de 75% dos casos, a redução chega a alcançar 95% do estômago. A pequena parte que continua funcional – situada justamente no ponto de menor elasticidade – é ligada à porção média do intestino. Por causa desse atalho, a absorção dos nutrientes diminui drasticamente. A parte isolada do estômago continua produzindo suco gástrico, que é eliminado pelas vias normais, e não precisa ser removida. A técnica de Fobi-Capella ou “bypass gástrico” consiste em "grampear" o estômago1 criando um pequeno tubo que recebe o alimento. O paciente tem a sensação de plenitude gástrica, pois esta antecâmara gástrica esvazia-se lentamente. O inconveniente é que se o paciente ingerir líquidos ao invés de sólidos, poderá tomá-los em grande quantidade e se forem hipercalóricos, a perda de peso não será alcançada.
2) Gastrectomia vertical não altera o caminho seguido pelos alimentos, mas elimina a porção ociosa do estômago. Essa parte, equivalente a cerca de 80% do estômago, é cortada e retirada – o que torna a cirurgia, evidentemente, irreversível. O que sobra é grampeado. Como o corte é feito ao longo do estômago, ele vira um tubo gástrico que segue do esôfago ao duodeno, na sua sequência normal. A cirurgia pode ser feita por laparoscopia, às vezes com um corte de 2 centímetros na altura do umbigo, contra 6 da operação tradicional. O tempo de internação diminui para dois dias e a dieta é menos restritiva – e todo mundo já ouviu histórias sobre o sofrimento, e os abusos, de obesos operados que só podem comer porções de passarinho
3) Banda gástrica ajustável: uma opção menos radical. Coloca-se uma prótese de silicone ajustável e inflável na porção superior do estômago e isso o deixa com a forma de uma ampulheta. Por isso a pessoa come menos. A prótese6 de silicone tem um balão insuflável, por dentro, parecido com um manguito do aparelho de medir pressão arterial. Quando o balão é insuflado ou desinsuflado, aperta mais ou menos o estômago1 de maneira que pode-se controlar o esvaziamento do alimento da parte alta para a parte baixa do órgão. O principio da operação é semelhante a operação de Mason porém é feita por laparoscopia5, ou seja, sem abrir o abdome e pode ser regulada depois, a qualquer tempo, ambulatorialmente. Geralmente, obtém-se uma perda de peso em torno de 20 a 30%, mas depende da cooperação do paciente.
Há ainda as seguintes técnicas:
- Duodenal switch: é uma associação entre a gstrectomia vertical e desvio intestinal: 85% do estômago é retirado, mas a anatomia do órgão é mantida. Responde por apenas 5% dos procedimentos.
- Balão intragástrico: é colocado no estômago1 por endoscopia2 digestiva. Ele causa sensação de saciedade precoce, reduzindo a ingestão de alimentos. Esta técnica demanda reeducação alimentar para obter sucesso. É reconhecida como método terapêutico auxiliar para o preparo pré-operatório. Após a colocação, o paciente pode apresentar náuseas3 e vômitos4 intensos, o que pode levar à retirada do balão.
É bom deixar claro que o paciente vai precisar de cerca de seis meses para readaptar sua rotina alimentar.
Como vai comer muito menos do que estava acostumado, vai precisar de orientação de um nutricionista para escolher os alimentos certos.
A absorção dos nutrientes também é prejudicada, por isso o paciente deverá ingerir vitaminas, sob prescrição médica pro resto da vida.
Além de um nutricionista, o paciente também precisa de acompanhamento psicológico.
O importante é que você se conscientize de que boa alimentação e prática de exercícios físicos são a chave para um corpo saudável e esbelto.