Um único episódio de queimadura solar na infância ou na adolescência dobra o risco de melanoma, segundo especialistas da Skin Cancer Foundation. O risco também dobra caso existam cinco ou mais episódios de queimadura solar em qualquer idade.
Para o dermatologista Fernando Stengel, presidente da Fundação Argentina de Câncer de Pele e membro do Conselho Internacional da Skin Cancer Foundation, as empresas farmacêuticas tentam vender a ideia de que existe bronzeado seguro ou de que os filtros são capazes de bloquear totalmente o sol, mas isso não é verdade.
O médico alerta que o efeito da radiação é cumulativo. Se alguém começar muito cedo, tende a ter uma dose maior de exposição quando chegar aos 50 anos. Além disso, ressalta que queimaduras solares na infância e na adolescência ou episódios repetidos de queimadura em qualquer época da vida aumentam muito o risco de desenvolver melanoma.
Como tudo, o sol é bom na medida certa. É preciso ter bom senso. Tudo depende de quanto e com que frequência as pessoas se expõem ao sol. Quem mora em São Paulo pode pensar que precisa se proteger apenas no verão. É um grande erro. A fotoproteção deve ocorrer ao longo de todo o ano.
Como prevenir-se
- Não se exponha ao sol depois das 8h e antes das 16h
- Use filtro solar de forma correta. Deve-se proteger não apenas a face, braços e mãos durante a exposição ao sol. As pernas também merecem atenção, pois é a região onde predominam os melanomas.
- O filtro solar deve oferecer proteção contra UVA e UVB. Prefira um tipo resistente à água e apropriado ao seu tipo de pele. Opte por protetores sem fragrância ou corantes. Isso diminui o risco de fotoalergias.
- Quando for a praia ou piscina, aplique o filtro solar 30 minutos antes da exposição. Reaplique-o sempre que você sair da água, e com a freqüência indicada na embalagem do produto.