Entre 1.217 participantes do estudo, 33.5% declararam terem sido maltratados em vários ambientes, 15.1% sofreram agressões físicas e 62.3% ofensa verbal. Agressões ocorreram na escola (31.6%), proveniente de professores e colegas; em casa (28.5%), no trabalho (19.6%) e por policiais em espaços públicos (16.4%). A violência sexual foi declarada em 6% da amostra. A maior parte dos entrevistados é jovem, com 30.1% na faixa entre 18 e 24 anos e 38% entre 25 e 34 anos. A maioria dos participantes identificou a si próprio como homossexuais (79.5%), 14.3% do total da amostra consideraram-se bissexuais, 2.8% heterossexuais; 0.7% transexuais e 1.3% travestis. Os entrevistados foram abordados em 92 lugares da capital, entre eles casas noturnas, saunas, cinemas e rua.
O resultado do estudo indica a necessidade de se investir em políticas públicas e campanhas anti-homofobia, respeito a diversidade e direitos humanos. O projeto foi financiado pelo Programa Pesquisa para o SUS, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).