Hoje, o indicador de agressividade utilizado é a presença de células tumorais nos linfonodos do pescoço. Para Eloiza Tajara, professora da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) e coordenadora do estudo, o desenvolvimento de ferramentas mais precisas é bem-vinda para médicos e pacientes. “A partir de marcadores específicos é possível identificar quais pacientes necessitam de cirurgias invasivas, quimioterapia e radioterapia, e quais poderiam receber tratamento menos agressivos”,observa Eloiza. As cirurgias nessa região em geral deixam sequelas: dificuldades de fala, deglutição e mastigação.
A cofilina-1 foi identificada após análise das proteínas expressas em amostras de carcinoma epidermoide da região bucal, retiradas de 144 pacientes. Para Eloiza, além de sinalizar o prognóstico do paciente, a proteína é também um alvo terapêutico. “Uma droga capaz de bloquear sua expressão pode impedir a disseminação das células tumorais no organismo e o avanço da doença”, comenta a pesquisadora.