A pesquisa acompanha periodicamente idosos do município de São Paulo desde 2000. Participaram do levantamento 336 pessoas acima de 60 anos sem comprometimento de mobilidade ou para atividades de vida diária em 2000, reentrevistados em 2006. Foram coletados dados sociodemográficos (sexo, idade, estrutura domiciliar) e de saúde (condições gerais, doença articular, depressão, entre outras).
Segundo a fisioterapeuta Francine Leite, autora do trabalho, entre 2000 e 2006, 47,8% dos idosos passaram a apresentar alguma dificuldade de mobilidade e 7,3% em desempenhar pelo menos uma das atividade de vida diária. “Observou-se que 30,1% da incidência do comprometimento funcional é devido à doença articular”, observa. “As mulheres apresentam maior taxa de comprometimento de mobilidade (60,4%) quando comparadas aos homens (37,8%), enquanto estes tem maior dificuldade para as atividades de vida diária (8,5%) em relação as mulheres (6%)”.
A doença articular é uma doença crônico-degenerativa, de alta prevalência entre idosos, e produz alterações na articulação causando dor, rigidez articular, além de diminuição do espaço intra-articular e redução da amplitude de movimento. Para Francine, o diagnóstico precoce da doença, a realização de atividades físicas adequadas e fisioterapia (quando houver necessidade) podem postergar o comprometimento das atividades de vida diária dos idosos.